Banco Central divulga fluxo cambial negativo

Dados preliminares divulgados nesta quarta-feira mostram saídas líquidas no setor financeiro. Fluxo comercial mantém saldo positivo de US$ 41,848 bilhões no ano.

X
Facebook
WhatsApp
Telegram
Threads
Fachada externa do edifício sede do Banco Central do Brasil em Brasília com letreiro institucional e segurança no local
Sede do Banco Central do Brasil em Brasília. Instituição divulgou nesta quarta-feira (26) que fluxo cambial brasileiro ficou negativo em US$ 15,668 bilhões em 2025 até 21 de novembro.

O Banco Central divulgou nesta quarta-feira (26) que o fluxo cambial brasileiro ficou negativo em US$ 15,668 bilhões em 2025 até 21 de novembro. Os dados preliminares revelam cenário desafiador para economia nacional. O canal financeiro apresentou saídas líquidas de US$ 57,517 bilhões no período analisado.

O fluxo comercial compensou parcialmente as saídas financeiras somando resultado positivo. O setor registrou US$ 41,848 bilhões no ano segundo informações da autoridade monetária. A diferença entre os dois canais determinou o saldo negativo final do período.

Autoridade monetária divulga dados cambiais preliminares

O segmento financeiro teve compras de US$ 513,120 bilhões no período. As vendas atingiram US$ 570,636 bilhões gerando déficit expressivo. Esse setor inclui investimentos diretos e em carteira segundo classificação oficial.

Remessas de lucro constam nas operações do canal financeiro. Pagamento de juros também integra essa categoria específica. Outras operações financeiras completam o conjunto de transações computadas.

O canal comercial teve importações de US$ 211,749 bilhões acumuladas. As exportações somaram US$ 253,597 bilhões no mesmo período. O superávit comercial amenizou impacto negativo do setor financeiro.

Setor financeiro registra saídas líquidas bilionárias

Nas exportações estão inclusos US$ 29,109 bilhões em adiantamento de contrato de câmbio. Pagamento antecipado alcançou US$ 61,211 bilhões no período analisado. Outras operações exportadoras representaram US$ 163,277 bilhões do total.

O Brasil registrou fluxo cambial negativo de US$ 2,984 bilhões em novembro até dia 21. Os dados preliminares indicam continuidade da tendência observada. O mês ainda não fechou definitivamente aguardando números finais.

Na semana passada, o país registrou fluxo cambial positivo de US$ 20 milhões. Entre dias 17 a 21 de novembro, o canal financeiro apresentou saídas líquidas de US$ 640 milhões. O valor resulta de compras de US$ 9,274 bilhões e vendas totalizando US$ 9,915 bilhões.

Comércio exterior mantém resultado positivo acumulado

No comércio exterior, o saldo da semana foi positivo em US$ 660 milhões. As importações somaram US$ 4,265 bilhões no período semanal. As exportações atingiram US$ 4,925 bilhões gerando superávit comercial.

Nas exportações semanais estão incluídos US$ 575 milhões em Adiantamento de Contrato de Câmbio. Pagamento Antecipado representou US$ 920 milhões nas operações. Outras entradas somaram US$ 3,429 bilhões completando total exportado.

O Banco Central mantém taxa Selic em 15% ao ano desde novembro. A decisão do Comitê de Política Monetária foi unânime. O índice está no maior nível desde julho de 2006.

Instituição monitora movimentações de capital estrangeiro

Em nota, o BC informou que ambiente externo se mantém incerto. A conjuntura e política econômica nos Estados Unidos afetam condições financeiras globais. No Brasil, a inflação continua acima da meta apesar da desaceleração econômica.

O cenário atual marcado por elevada incerteza exige cautela na condução da política monetária. O comitê avalia que estratégia de manutenção do nível corrente da taxa de juros por período prolongado é suficiente. A medida assegura convergência da inflação à meta estabelecida.

O aumento da taxa Selic ajuda conter inflação encarecendo crédito. Juros mais altos desestimulam produção e consumo na economia. Por outro lado, taxas maiores dificultam crescimento econômico nacional.

No último Relatório de Política Monetária, o Banco Central diminuiu de 2,1% para 2% a projeção de crescimento para 2025. O mercado projeta crescimento um pouco melhor. Segundo boletim Focus, analistas econômicos preveem expansão de 2,16% do PIB em 2025.

A taxa básica de juros serve de referência para demais taxas da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura excesso de demanda. Juros mais altos encarecem crédito e estimulam poupança nacional.

O recuo da inflação e desaceleração da economia motivaram decisão de manter juros. A autoridade monetária destacou que inflação continua acima da meta. A situação indica que juros continuarão altos por bastante tempo.

O Banco Central publicou em novembro novo conjunto de normas para instituições financeiras. As medidas reforçam integridade e rastreabilidade das operações. Bancos, fintechs e instituições de pagamento devem seguir novas regras.

O ponto central da regulação é encerramento compulsório das contas-bolsão utilizadas irregularmente. Essas contas funcionam como depósito coletivo agregando recursos de múltiplos clientes. A falta de individualização adequada facilita atividades ilícitas.

A partir da norma, o BC obriga instituições a criar mecanismos para identificar contas suspeitas. As entidades devem notificar e encerrar contas irregulares. Critérios internos claros de seleção e comunicação aos clientes afetados são obrigatórios.

0 0 votos
Classificação do artigo
Inscrever-se
Notificar de
0 Comentários
mais antigos
mais recentes Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários