O presidente Luiz Inácio Lula da Silva percorre o interior paraense cumprindo agendas voltadas à pauta socioambiental. Assim, Lula cumpre agenda no Pará visitando aldeias indígenas e comunidades ribeirinhas na região de Santarém, no oeste do estado. As atividades integram a preparação do governo federal para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, prevista para começar em 10 de novembro.
O presidente desembarcou no domingo na Aldeia Vista Alegre de Capixauã, localizada na Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns. Portanto, o petista foi recebido pela cacique Irenilce Kumaruara, que apresentou demandas urgentes da população local. A líder indígena solicitou instalação de rede elétrica que beneficiaria mais de 13 mil indígenas de aproximadamente 4.388 famílias da região.
Presidente promete energia solar para comunidades
Lula demonstrou surpresa ao constatar a ausência de eletricidade na aldeia visitada. Consequentemente, comprometeu-se publicamente a garantir acesso à energia para as famílias indígenas. O presidente destacou que placas solares representam solução que alia desenvolvimento e preservação ambiental. Dessa forma, as comunidades poderão ter infraestrutura básica sem comprometer a floresta amazônica.
Lula cumpre agenda no Pará enfatizando a facilidade de implementar projetos de energia renovável. Segundo o presidente, a tecnologia solar permite levar eletricidade às regiões remotas mantendo o compromisso de proteção ambiental. Além disso, a ministra Marina Silva, do Meio Ambiente e Mudança do Clima, acompanhou a visita e reforçou a importância de políticas sustentáveis para as populações tradicionais.
A ministra Sônia Guajajara, dos Povos Indígenas, também participou da comitiva presidencial. Ela garantiu que as demandas apresentadas pelos caciques serão analisadas pelo governo federal. Igualmente, prometeu articulação entre diferentes ministérios para atender as necessidades das comunidades de forma integrada. Entretanto, alertou que algumas demandas dependem de processos técnicos que levam tempo para serem concluídos.
Demarcação de terras gera debate durante visita
Durante a roda de conversa com lideranças indígenas, Lula abordou a complexidade da demarcação territorial. Portanto, o presidente explicou que o processo não depende exclusivamente de sua decisão pessoal. A tramitação envolve Ministério da Justiça, antropólogos e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas. Todavia, Lula ressaltou o recorde de demarcações realizadas durante seus governos.
Lula cumpre agenda no Pará defendendo sua política de reconhecimento de terras indígenas. O presidente afirmou que nenhum outro governo demarcou tantas áreas quanto sua gestão. Ademais, comprometeu-se a assinar todos os processos que chegarem à presidência com a documentação completa. A declaração buscou tranquilizar comunidades que aguardam há décadas a regularização fundiária.
As aldeias da Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns enfrentam entraves no processo de demarcação territorial. Paralelamente, sofrem com falta de infraestrutura básica como energia elétrica, saneamento e acesso à saúde. A visita presidencial trouxe visibilidade para essas questões que afetam milhares de famílias amazônicas. Consequentemente, as lideranças esperam avanços concretos após os compromissos assumidos.
Universidade dos Povos Indígenas será anunciada
Em anúncio inédito, Lula revelou a criação da Universidade dos Povos Indígenas. Portanto, a instituição será oficialmente apresentada até 17 de novembro em cerimônia em Brasília. O presidente informou que a sede principal ficará na capital federal, em prédio já destinado ao projeto. Ademais, todos os estados terão extensões universitárias para facilitar o acesso dos estudantes indígenas.
Lula cumpre agenda no Pará apresentando soluções para educação superior indígena. Segundo o presidente, os jovens poderão cursar próximo de suas comunidades, evitando deslocamentos para Brasília. Dessa forma, o governo pretende ampliar significativamente o acesso de indígenas ao ensino universitário. Entretanto, detalhes sobre cursos oferecidos, estrutura e recursos ainda não foram divulgados oficialmente.
A primeira-dama Janja da Silva acompanhou as atividades presidenciais no interior paraense. Igualmente, participou de conversas com mulheres indígenas sobre questões sociais e culturais. A presidente da Funai também integrou a comitiva, contribuindo com esclarecimentos sobre políticas indigenistas. Todavia, a viagem focou principalmente no diálogo direto entre Lula e as comunidades tradicionais.
Preparativos para COP30 motivam maratona de visitas
A agenda no interior paraense integra estratégia de preparação para a conferência climática. Assim, Lula cumpre agenda no Pará demonstrando compromisso com povos da floresta antes do evento internacional. O governo busca evidenciar políticas de proteção ambiental e valorização das populações tradicionais. Consequentemente, pretende fortalecer a posição brasileira nas negociações climáticas globais.
O presidente deixou Belém pela manhã com destino a Santarém, onde desembarcou às 8h. Posteriormente, seguiu de helicóptero para as aldeias do interior. A primeira atividade oficial ocorreu às 11h10 com roda de conversa entre caciques. Além disso, visitou instalações comunitárias e conheceu projetos locais de sustentabilidade. A tarde foi reservada para visita à Comunidade Jamaraquá, na Floresta Nacional do Tapajós.
Na segunda-feira, Lula cumpre agenda no Pará visitando comunidades quilombolas e extrativistas. Portanto, a programação mantém foco em povos tradicionais e questões socioambientais. As visitas permitem ao presidente conhecer realidades locais e ouvir demandas diretas das populações. Ademais, fortalecem narrativa do governo sobre proteção da Amazônia e desenvolvimento sustentável.
Belém sedia Cúpula de Líderes antes da conferência
A capital paraense receberá nos dias 6 e 7 de novembro a Cúpula de Líderes. Portanto, dezenas de chefes de Estado e primeiros-ministros participarão do evento preparatório. Lula realizará reuniões bilaterais na véspera, atendendo solicitações de diversos países. Segundo o Planalto, há mais de 30 pedidos de encontros aguardando confirmação.
Lula cumpre agenda no Pará permanecendo na região até a abertura oficial da COP30. O presidente não retornará a Brasília durante esse período, despachando da capital paraense. Entretanto, viajará brevemente para Fernando de Noronha nos dias 8 e 9 de novembro. Na ilha pernambucana, participará do lançamento do projeto Noronha Verde, focado em energia solar renovável.
A COP30 representa a maior conferência climática da história brasileira. Mais de 50 mil participantes de 170 países estão confirmados para o evento. Igualmente, cerca de 143 delegações oficiais chegarão a Belém para as negociações. Dentre essas, 53 serão lideradas por presidentes e primeiros-ministros, conferindo relevância política ao encontro.
Infraestrutura recebe investimentos para receber evento
No sábado, Lula inaugurou obras de ampliação do Aeroporto Internacional de Belém. Assim, o terminal recebeu 450 milhões de reais em investimentos da concessionária Norte da Amazônia Airports. A capacidade operacional dobrou, passando de 7,7 milhões para 13 milhões de passageiros anuais. Consequentemente, a infraestrutura está preparada para receber as delegações internacionais.
Lula cumpre agenda no Pará também inaugurando o Terminal Portuário de Outeiro. A requalificação da estrutura é considerada estratégica para logística da Região Norte. Igualmente, fortalece a matriz de exportação do estado paraense. O governo federal investiu recursos significativos em obras preparatórias para garantir sucesso do evento climático.
A hospedagem durante a COP30 ainda gera discussões nos bastidores. Lula manifestou desejo de dormir em barco durante a conferência, evitando luxo excessivo. Entretanto, autoridades avaliam alojar o presidente em navio das Forças Armadas. A Marinha disponibilizará duas embarcações para acomodar integrantes da força-tarefa governamental. Paralelamente, navios de cruzeiro receberão delegações estaduais e de alguns países.
Agenda climática enfrenta contradições políticas
Enquanto Lula cumpre agenda no Pará promovendo sustentabilidade, o governo enfrenta críticas. O Ibama concedeu licença para perfuração exploratória na Margem Equatorial Amazônica. Ademais, foi criado grupo interministerial para acelerar licenciamento de projetos estratégicos. Ambientalistas denunciam contradição entre discurso climático e ações práticas do governo federal.
A Medida Provisória que institui Licença Ambiental Especial gerou polêmica entre entidades ambientais. O instrumento simplifica licenciamento de empreendimentos considerados prioritários pelo governo. Todavia, organizações temem que flexibilizações prejudiquem proteção dos biomas brasileiros. Certamente, essas questões serão debatidas durante a conferência climática em novembro.
O presidente precisa equilibrar compromissos ambientais com pressões políticas e econômicas. Lula cumpre agenda no Pará reforçando narrativa de proteção da floresta amazônica. Simultaneamente, o governo busca viabilizar projetos de desenvolvimento regional e exploração de recursos naturais. Essa dualidade expõe desafios enfrentados pelo Brasil na transição para economia mais sustentável.