Huck pede que indígenas ESCONDAM celulares em gravação e é DURAMENTE criticado

O apresentador Luciano Huck, da TV Globo, foi alvo de intensa crítica nas redes sociais e em veículos de imprensa, após um vídeo viralizado mostrar o momento em que ele pede, explicitamente, para membros de uma comunidade indígena guardarem seus telefones celulares durante a gravação de um quadro de seu programa, reforçando um estereótipo de “pureza” e isolamento.

Luciano Huck, apresentador de TV, sendo criticado após vídeo viral onde ele pede para membros de uma comunidade indígena esconderem celulares.
Luciano Huck em visita a uma comunidade indígena. A polêmica gerada pela atitude do apresentador levantou um debate sobre a representação dos povos originários na mídia. (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

O apresentador Luciano Huck, um dos rostos mais conhecidos da televisão brasileira, tornou-se o centro de uma forte polêmica nas redes sociais e na imprensa especializada após a circulação de um vídeo, datado de 4 de dezembro de 2025, no qual ele pede para indígenas esconderem seus celulares durante a filmagem de um quadro para o seu programa dominical. A atitude foi rapidamente interpretada por críticos e ativistas como um ato de manipulação e reforço de estereótipos. O incidente levanta, portanto, um antigo e importante debate sobre a forma como a mídia de massa representa as comunidades nativas no Brasil, sempre buscando um ideal de pureza e isolamento que já não corresponde à realidade.

O vídeo em questão, capturado por um celular, mostra Huck, além disso, conversando com os indígenas em uma aldeia enquanto a equipe de filmagem se prepara. Ele é ouvido pedindo, especificamente, para que os aparelhos fossem guardados, sugerindo que a presença da tecnologia quebraria a magia da cena. A repercussão negativa foi imediata, com milhares de comentários condenando a encenação e o que muitos chamaram de “turismo de pobreza” ou “exotização”.

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Apresentador Comunidades Nativas Guardem Aparelhos

A crítica mais veemente reside, notadamente, na tentativa de construir uma narrativa ficcional sobre a vida indígena. A modernidade, por conseguinte, incluindo o uso de celulares e redes sociais, já faz parte do cotidiano de muitas aldeias. Pedir para esconder essa realidade significa, aliás, ignorar a agência e a contemporaneidade desses povos. O Apresentador Comunidades Nativas Guardem Aparelhos expôs uma prática comum em produções que buscam o choque cultural ou a idealização romântica, em detrimento da verdade.

Muitos ativistas indígenas utilizaram suas próprias redes sociais para se manifestar contra Huck. Eles destacaram que o celular é uma ferramenta essencial para a comunicação, a denúncia de invasões e a manutenção da cultura na era digital. A jornalista e escritora Eliane Brum, por exemplo, manifestou-se dizendo que a encenação é uma forma de violência simbólica, pois impede que o público veja os indígenas como cidadãos do século XXI. A TV Globo, por sua vez, foi cobrada por não supervisionar adequadamente o conteúdo e a ética de suas produções.

Luciano Povo Originário Ocultem Smartphones

A emissora, responsável pela produção do programa de Luciano Huck, manifestou-se rapidamente após a explosão da polêmica, através de uma nota oficial divulgada em 5 de dezembro de 2025. O comunicado defendia que o pedido de Huck era uma sugestão estética, visando a composição visual das cenas, e não uma imposição de enredo. A nota, contudo, não conseguiu acalmar os ânimos, sendo vista por muitos como uma justificativa vazia para a manipulação da realidade.

Os críticos apontam que, se o objetivo era apenas a estética, o programa deveria ter filmado a realidade, incluindo os celulares, mostrando a diversidade e a adaptação tecnológica. Além disso, o contexto em que o pedido foi feito, em meio a uma gravação de caráter assistencialista, sugere a busca por um contraste dramático entre a “pobreza” e a “pureza”. O Luciano Povo Originário Ocultem Smartphones reforça a ideia de que a mídia só aceita a representação indígena se ela estiver congelada no tempo, como se fosse um museu vivo.

Estrela TV Aborígenes Removam Telefones

O episódio reacende o debate sobre o etnocentrismo na televisão brasileira e a responsabilidade social das grandes estrelas. Luciano Huck, que frequentemente aborda temas sociais e políticos em seu programa, é agora acusado de praticar o oposto em suas próprias gravações. O público questiona a autenticidade das histórias contadas e a ética por trás da produção de entretenimento que lida com grupos vulneráveis.

A Estrela TV Aborígenes Removam Telefones gerou uma onda de vídeos de humor e críticas nas redes sociais, onde usuários ironizaram a situação pedindo para celebridades esconderem itens modernos para parecerem mais “autênticos” em seus próprios reality shows ou entrevistas. Essa reação em cadeia demonstra o quão sensível e ultrapassado se tornou o estereótipo do “bom selvagem”, que a televisão insiste em perpetuar. A Fundação Nacional dos Povos Indígenas, a FUNAI, não se manifestou oficialmente até a conclusão desta reportagem, mas o caso certamente será pauta interna.

Jornalista Aldeias Nativas Escondam Dispositivos

A grande lição do caso é, por conseguinte, a necessidade de representação fiel e respeitosa. O uso do celular nas aldeias é, na verdade, um símbolo de resistência e empoderamento. O aparelho permite que os indígenas monitorem invasões de suas terras, documentem crimes ambientais e organizem mobilizações políticas, sendo uma ferramenta de luta e cidadania.

Portanto, o Jornalista Aldeias Nativas Escondam Dispositivos não foi apenas um erro de enquadramento, mas um desserviço à causa indígena, ao tentar deslegitimar a contemporaneidade desses povos. A repercussão do fato serve, ainda, como um alerta para todas as produções midiáticas que buscam narrativas de comunidades tradicionais. A verdade e a dignidade devem sempre prevalecer sobre a busca por um clichê estético ou dramático. A TV Globo e Luciano Huck enfrentam, em suma, um dos maiores desafios de imagem do ano, com a necessidade de uma retratação mais profunda do que a nota emitida.

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