Nesta quinta-feira, um incêndio atingiu um dos pavilhões localizados na área denominada “Blue Zone” da COP 30, em Belém (PA), e provocou correria entre delegações e equipes de apoio. A zona diplomática, onde ocorrem negociações oficiais entre países, teve parte de sua estrutura esvaziada após princípio de fogo. Segundo o ministro do Turismo, Celso Sabino, não houve feridos, embora algumas pessoas tenham sido atendidas por inalação de fumaça. O episódio reacende questionamentos sobre segurança e adequação estrutural em megaeventos.
Conforme as primeiras informações divulgadas pela polícia e pelo Corpo de Bombeiros, o incêndio teve início próximo a um dos pavilhões de países, dentro da Blue Zone, e teria sido causado por um curto-circuito em equipamento elétrico. As chamas foram contidas em poucos minutos, mas o impacto no ambiente foi imediato: delegados recuaram, o acesso foi bloqueado e parte da sala de imprensa da zona diplomática foi evacuada. A segurança do evento reforçou que evacuou a área seguindo protocolo padrão.
A “Blue Zone” da COP 30 se caracteriza por abrigar delegações oficiais, chefes de Estado, salas de negociação e pavilhões nacionais, em um perímetro restrito e de alta segurança. Conforme publicação recente, a zona foi construída no Parque da Cidade, em Belém, ocupando cerca de 160 mil m², com planos de segurança e suporte técnico específicos. A ocorrência do incêndio evidencia que mesmo ambientes de alta segurança enfrentam desafios estruturais e operacionais. A evacuação rápida foi considerada eficaz, mas resta saber se falhas de manutenção ou infraestrutura contribuíram para o incidente.
O ministro Celso Sabino afirmou que “não há feridos” e que a evacuação foi “procedimento padrão”. Ele ressaltou que equipes de bombeiros e segurança atuaram prontamente, enfatizando que será aberta investigação para identificar a causa com precisão. Vídeos divulgados nas redes sociais mostram fumaça saindo de um dos pavilhões e pessoas correndo para a saída. A resposta imediata foi valorizada, embora o susto tenha gerado revolta em parte dos participantes que aguardavam início de painéis e reuniões técnicas dentro da zona diplomática.
Embora o episódio não tenha interrompido totalmente a conferência, ele gera alerta: tratar-se de ambiente de negociação crítica exige padrão máximo de segurança, prevenção e manutenção. O fato mostra que, em ambiente de visibilidade global, qualquer falha pode gerar impacto simbólico e prático. A estrutura montada para a “Blue Zone” é temporária, mas abriga delegações de alto nível; portanto, a logística de evacuação, detecção de riscos e resposta emergencial deveria estar afinada ao mais alto grau. A crítica recai sobre possível subestimação desses fatores.
As autoridades abrirão apuração para levantar a origem exata do incêndio e avaliar se houve falha no sistema elétrico ou descumprimento de norma. Enquanto isso, o acesso à zona afetada permaneceu suspenso temporariamente e outras áreas da “Blue Zone” reforçaram vigilância. Os organizadores afirmaram que o fogo está controlado e que não há previsão de impacto maior no calendário de negociações. Contudo, delegações reclamam de atraso em sessões e da sensação de insegurança, o que pode afetar clima de confiança no evento.
O incêndio na “Blue Zone” da COP 30 expôs vulnerabilidades em uma das áreas mais sensíveis do evento. A evacuação rápida foi positiva, mas a ocorrência revela que infraestrutura temporária, apesar de complexa, não está imune a falhas. Em um ambiente onde decisões globais estão sendo negociadas, a segurança operacional não pode ficar em segundo plano. Cabe aos organizadores garantir que o episódio seja tratado como alerta para reforço imediato de protocolos e manutenção, a fim de evitar que episódios semelhantes atrasem ou comprometam a credibilidade do encontro diplomático.