A Ucrânia concordou com acordo de paz intermediado pelos Estados Unidos para encerrar conflito. Informação foi divulgada por funcionário governamental americano nesta terça-feira. Faltam apenas pequenos detalhes para conclusão das negociações entre as partes envolvidas.
A CBS News e ABC News citaram fonte não identificada do governo americano. Declaração afirma que ucranianos aceitaram termos gerais da proposta apresentada. Contudo, ajustes menores ainda precisam ser definidos antes da assinatura oficial.
Kiev reconhece consenso sobre proposta americana
O secretário de segurança nacional da Ucrânia, Rustem Umerov, confirmou progresso nas conversações. Ele publicou mensagem na rede social X sobre reuniões realizadas em Genebra. Delegações chegaram a entendimento comum sobre termos principais do acordo discutido.
Umerov destacou esforços do presidente Donald Trump para finalizar a guerra rapidamente. Autoridade ucraniana expressou gratidão pelas reuniões produtivas e construtivas realizadas. Agora, Kiev conta com apoio de parceiros europeus para próximas etapas.
Expectativa é que presidente Volodymyr Zelensky viaje a Washington ainda esta semana. Objetivo é completar etapas finais e fechar acordo diretamente com Trump. Data mais adequada em novembro será escolhida para conclusão das negociações.
Presidente ucraniano mantém cautela
Zelensky publicou mensagem mais cautelosa sobre avanços das negociações de paz. Ele reconheceu perspectivas promissoras após reuniões em Genebra com delegação americana. Porém, líder ucraniano enfatizou que ainda há muito trabalho pela frente.
Declaração oficial americana pareceu ir além da posição pública das autoridades ucranianas. Diferença de tom sugere divergências sobre estágio atual das tratativas diplomáticas. Críticos apontam que precipitação pode prejudicar interesses estratégicos de Kiev.
Porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, mencionou progresso tremendo na última semana. Estados Unidos conseguiram trazer Ucrânia e Rússia para mesa de negociações. Existem detalhes delicados, mas não intransponíveis, que exigem conversas adicionais.
Conversações ocorrem em Abu Dhabi
Secretário do Exército americano, Dan Driscoll, está em Abu Dhabi realizando reuniões. Ele se encontra com autoridades russas para discutir proposta do governo Trump. Duas fontes oficiais americanas e duas diplomáticas confirmaram presença dele.
Quinta fonte conhecedora das negociações também confirmou localização de Driscoll nos Emirados. Delegação ucraniana também está presente na capital dos Emirados Árabes Unidos. Grupos mantêm contato constante durante processo de negociação em curso.
Tenente-coronel Jeff Tolbert, porta-voz de Driscoll, afirmou que conversações estão progredindo bem. Clima é de otimismo entre representantes americanos e russos presentes. Entretanto, ainda não há confirmação oficial de aceite russo da proposta.
Rússia mantém silêncio estratégico
Moscou ainda não divulgou reação oficial ao que foi acordado em Abu Dhabi. Ministro das Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov, falou em coletiva nesta terça-feira. Ele declarou que Rússia aprecia iniciativa americana para resolver conflito ucraniano.
Porém, Lavrov afirmou que Moscou não se pronunciará publicamente até existirem dados concretos. Postura cautelosa reflete estratégia diplomática russa de aguardar definições mais claras. Analistas apontam que silêncio pode indicar avaliação interna de vantagens reais.
Governo russo sinalizou anteriormente que pode rejeitar plano modificado dos EUA. Rejeição ocorreria caso proposta não satisfaça demandas históricas de Moscou completamente. Kremlin mantém exigências territoriais e de segurança como condições inegociáveis.
Detalhes do documento proposto
Plano apresentado por Trump contém 28 pontos elaborados com participação russa. Ucrânia e União Europeia não foram consultadas durante redação inicial do documento. Situação gerou críticas de aliados europeus sobre processo de negociação excludente.
Proposta confirma soberania ucraniana e estabelece pacto global de não-agressão entre partes. NATO se compromete a não estacionar tropas em território ucraniano permanentemente. Caças europeus ficariam posicionados em território polonês como medida de segurança.
Acordo prevê realização de eleições na Ucrânia dentro de 100 dias. Todas as partes envolvidas no conflito receberão anistia total por ações. Questão territorial permanece entre pontos mais controversos e sensíveis da negociação.
Europa articula posição comum
Aliados ucranianos realizaram reunião hoje para discutir planos de paz em andamento. Chefes da diplomacia da União Europeia farão videoconferência na quarta-feira. Objetivo é coordenar posição europeia antes de definições finais do acordo.
Primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, declarou que aliados decidiram seguir documento americano. Elaboração de proposta alternativa foi descartada pelos países europeus envolvidos. Decisão demonstra alinhamento, ainda que relutante, com iniciativa de Washington.
Ucrânia espera conseguir suavizar termos do acordo com apoio europeu forte. Colunista do Financial Times destacou aceitação relutante de Kiev como tática pragmática. Será difícil para Zelensky apoiar integralmente plano sem concessões adicionais.
Bombardeios russos continuam
Rússia prossegue com bombardeamentos mesmo durante negociações de paz em curso. Ataques fizeram seis mortos e dez feridos em Kiev nesta terça-feira. Prédios residenciais e infraestruturas energéticas foram atingidos pelos mísseis russos.
Chefe da diplomacia ucraniana, Andrii Sybiha, acusou Vladimir Putin de terrorismo. Líder russo estaria respondendo aos esforços de paz com violência deliberada. Críticos argumentam que ataques visam pressionar Ucrânia durante negociações delicadas.
Ministério da Defesa ucraniano afirmou que defesa aérea interceptou quase todos mísseis. Pela primeira vez em muito tempo, sistema antiaéreo teve eficiência excepcional. Contudo, danos causados pelos projéteis que passaram foram significativos para população.
Questões sensíveis permanecem
Trump estabeleceu prazo para Zelensky assinar acordo até quinta-feira, Dia de Ação de Graças. Pressão temporal preocupa diplomatas que trabalham em detalhes complexos do documento. Analistas questionam se pressa serve interesses de paz duradoura ou apenas políticos.
Plano prevê que violações do acordo resultarão em restabelecimento de sanções globais. Reconhecimento de novos territórios seria revogado em caso de invasão russa. Estrutura juridicamente vinculativa será controlada por Conselho de Paz presidido por Trump.
Deputado americano Don Bacon revelou irritação com plano de Trump para Ucrânia. Ele considerou brevemente renunciar ao Congresso devido às concessões feitas. Reação demonstra divisões dentro do próprio governo americano sobre termos negociados.
Reações internacionais divididas
Comunidade internacional observa negociações com atenção e preocupação crescentes sobre resultados. Alguns países temem que acordo legitime anexações territoriais realizadas pela Rússia. Outros argumentam que paz, mesmo imperfeita, é preferível à continuação da guerra.
Organizações de direitos humanos alertam para necessidade de justiça pelas vítimas civis. Anistia total prevista no acordo pode impedir responsabilização de crimes de guerra. Tensão entre paz negociada e justiça internacional permanece sem resolução clara.
Especialistas em relações internacionais debatem sustentabilidade de paz imposta externamente. Histórico de acordos violados na região gera ceticismo sobre cumprimento futuro. Garantias de segurança precisarão ser robustas para evitar repetição de conflitos.