O ditador Nicolás Maduro comunicou diretamente ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que está pronto para deixar o poder e sair da Venezuela, desde que receba anistia legal total para si e sua família. A informação foi revelada nesta quinta-feira pela agência Reuters, citando fontes familiarizadas com as negociações de alto nível que ocorrem em meio a uma escalada militar sem precedentes no Caribe. Segundo os relatos, a conversa ocorreu por telefone no final de novembro, mas os detalhes cruciais sobre as exigências de Maduro vieram à tona agora, expondo a fragilidade do regime diante do ultimato americano.
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De fato, a proposta de Maduro inclui não apenas a segurança física de seus familiares, mas também a garantia de que não serão perseguidos por tribunais internacionais. O líder venezuelano busca um salvo-conduto que blinde sua fortuna e seus aliados mais próximos de processos criminais futuros, especialmente aqueles relacionados a direitos humanos e tráfico de drogas. A Casa Branca, no entanto, tem se mostrado relutante em aceitar um “perdão amplo” que inclua dezenas de outros oficiais do alto escalão chavista, preferindo oferecer apenas uma saída segura para o presidente deposto.
Além disso, a tensão aumentou drasticamente nas últimas 48 horas. Enquanto as negociações diplomáticas ocorrem nos bastidores, as forças navais dos EUA intensificaram o bloqueio na costa venezuelana, apreendendo petroleiros e fechando o espaço aéreo ao redor do país. Trump declarou publicamente que os dias de Maduro estão contados e que a opção militar permanece na mesa caso a transição pacífica não seja concretizada imediatamente. Esse cenário de “pressão máxima” força Maduro a acelerar sua decisão, temendo um desfecho violento similar a outros regimes derrubados no passado.
Ditador venezuelano propõe exílio
A revelação de que o ditador venezuelano propõe exílio marca uma virada histórica na crise que assola o país há mais de uma década. Fontes indicam que Maduro estaria disposto a se mudar para países aliados que poderiam oferecer refúgio, como a Turquia ou a Rússia, caso o acordo com Washington seja selado. A conversa telefônica com Trump, descrita como “respeitosa mas tensa”, durou cerca de 15 minutos e serviu para estabelecer as linhas vermelhas de ambos os lados.
Consequentemente, a possibilidade de exílio gerou uma movimentação intensa entre os diplomatas da região. Países como a Colômbia e o Brasil observam com cautela, preocupados com o vácuo de poder e a possível instabilidade durante a transição. A exigência de Maduro por anistia total é vista como o principal entrave, pois envolve o cancelamento de recompensas milionárias oferecidas pelo Departamento de Justiça dos EUA por sua captura.
Por outro lado, a oposição venezuelana reage com ceticismo e esperança. Líderes opositores temem que um acordo de impunidade deixe as vítimas do regime sem justiça, mas reconhecem que a saída de Maduro é o passo fundamental para a reconstrução democrática. A comunidade internacional aguarda os próximos passos da Casa Branca, que deve decidir se flexibiliza suas exigências para evitar um banho de sangue ou se mantém a linha dura até a capitulação total.
Líder chavista exige perdão
O ponto central do impasse é que o líder chavista exige perdão não apenas para si, mas para uma extensa rede de colaboradores. Relatórios de inteligência sugerem que Maduro tentou incluir na negociação a imunidade para cerca de 100 oficiais de alta patente, acusados de corrupção e crimes contra a humanidade. Trump, segundo as fontes, rejeitou essa “anistia em pacote”, oferecendo apenas a garantia de vida e liberdade para o círculo familiar íntimo de Maduro.
Ademais, a questão financeira pesa na balança. Maduro teria solicitado a liberação de ativos congelados e a permissão para levar consigo parte de sua riqueza pessoal, estimada em milhões de dólares. A administração americana, que congelou bilhões em bens venezuelanos, vê essa demanda como inaceitável, classificando o dinheiro como produto de roubo sistemático dos cofres públicos da Venezuela.
Entretanto, a deterioração econômica e a pressão das sanções podem forçar o chavismo a ceder. Com a produção de petróleo sufocada e os aliados internacionais como a China demonstrando impaciência, a margem de manobra de Maduro diminui a cada dia. O pedido de anistia, nesse contexto, soa mais como um pedido de socorro de um regime encurralado do que uma negociação entre iguais.
Sucessor de Chávez busca refúgio
Enquanto as conversas com os EUA travam nos detalhes jurídicos, o sucessor de Chávez busca refúgio ativamente em outras frentes. O presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, tem atuado como intermediário, reunindo-se com enviados de Maduro para discutir a logística de uma possível fuga ou asilo político. A rota para o leste europeu ou para o Oriente Médio parece ser a mais viável, dada a hostilidade dos vizinhos sul-americanos.
Dessa forma, a geopolítica global se entrelaça com o destino de Caracas. A Rússia, que manteve apoio a Maduro por anos, agora sinaliza pragmaticamente, com Putin reafirmando a soberania venezuelana mas mantendo canais abertos diante da inevitabilidade da mudança. A saída de Maduro para um país “amigo” poderia ser a solução diplomática que evitaria uma invasão militar direta dos EUA, cenário que Moscou deseja evitar a todo custo.
Apesar disso, o tempo é o recurso mais escasso. Com navios de guerra americanos patrulhando o horizonte de La Guaira e aviões de vigilância monitorando cada movimento do Palácio de Miraflores, a janela de oportunidade para uma saída negociada está se fechando. Se Maduro não aceitar as condições de Trump nos próximos dias, o risco de uma operação de extração forçada ou de um colapso interno das forças armadas venezuelanas torna-se iminente.
Chefe de estado negocia imunidade
A urgência com que o chefe de estado negocia imunidade reflete o medo real de prisão ou morte. O precedente de outros ditadores que resistiram até o fim pesa na decisão de Maduro. A Reuters confirmou que a proposta de anistia envolve também a retirada de acusações no Tribunal Penal Internacional (TPI), algo que legalmente está fora da alçada direta do presidente dos EUA, mas que politicamente poderia ser influenciado por Washington.
Por conseguinte, a batalha jurídica é tão complexa quanto a militar. Advogados internacionais debatem se é possível conceder anistia a crimes de lesa-humanidade em troca de paz. Para as famílias das vítimas da repressão na Venezuela, qualquer acordo que livre Maduro da prisão seria uma afronta moral. Contudo, para os estrategistas em Washington, a prioridade é remover o obstáculo político e estancar a crise migratória que afeta todo o hemisfério.
Finalmente, a confirmação dessas negociações por uma agência global como a Reuters valida os rumores que circulavam há semanas. O mundo agora sabe que Maduro está com “um pé fora” da Venezuela. Resta saber se Trump aceitará pagar o preço político da anistia ou se dobrará a aposta na força bruta para encerrar o ciclo do chavismo sem concessões.
