Veja o Vídeo: Assustador, Aomori Asahi mostra força brutal do terremoto de 7,6 em Hachinohe

Imagens registradas na sucursal da emissora japonesa revelam a violência do tremor que atingiu o nível 6+ na escala de intensidade, gerando pânico e evacuações.

Tela de televisão exibindo uma transmissão de emergência da NHK com um mapa do Japão e alertas de tsunami vermelhos e amarelos após um terremoto de magnitude 7,6.
Transmissão de emergência exibe alerta de evacuação imediata por tsunami após forte terremoto no Japão. (Foto: Reprodução/NHK)

Um vídeo impressionante capturado pelas câmeras de segurança da emissora Aomori Asahi Broadcasting (ABA) está circulando o mundo nesta segunda-feira (8), mostrando o momento exato em que um terremoto de magnitude 7,6 atingiu a cidade de Hachinohe. As imagens, gravadas diretamente de dentro da sucursal da TV na província de Aomori, documentam a violência do abalo sísmico que sacudiu o norte do Japão pouco antes da meia-noite. O registro serve como um testemunho visual da força da natureza que colocou toda a costa do Pacífico em alerta máximo.

No vídeo, é possível ver o ambiente da redação começar a tremer violentamente, com móveis, equipamentos e luzes balançando de forma descontrolada. O som ambiente, captado pelos microfones internos, revela o estrondo grave e contínuo característico de grandes movimentos tectônicos, seguido pelo barulho de objetos caindo. A intensidade do sismo em Hachinohe foi classificada como “6 superior” (ou 6+) na escala japonesa Shindo, um nível em que é impossível permanecer em pé sem apoio e onde móveis pesados podem tombar.

Intensidade sísmica extrema

A gravação da Aomori Asahi ilustra o que os sismólogos descrevem como um “movimento de longo período”, capaz de causar danos estruturais severos até mesmo em edifícios modernos. Em Hachinohe, a força do tremor foi suficiente para rachar paredes, estilhaçar vidros e derrubar prateleiras em diversos estabelecimentos comerciais e residenciais. Relatos locais indicam que hóspedes de um hotel na cidade precisaram ser hospitalizados após sofrerem quedas ou serem atingidos por objetos durante o pânico inicial.

Nesse sentido, a divulgação dessas imagens ajuda a dimensionar a gravidade do evento para o público internacional, que muitas vezes vê apenas os números frios da magnitude. A localização da câmera, fixa em um ponto alto da sala, permitiu capturar a amplitude do balanço do prédio, que durou mais de um minuto. Especialistas alertam que réplicas de intensidade similar podem ocorrer nas próximas horas, mantendo a população em estado de tensão constante.

Além disso, a cidade de Hachinohe, por ser costeira, foi uma das primeiras a acionar as sirenes de tsunami logo após o término do tremor principal. O vídeo da emissora, portanto, registra não apenas o terremoto, mas o prelúdio de uma evacuação em massa que mobilizou milhares de pessoas na região. A infraestrutura de comunicação, apesar do abalo severo, manteve-se operacional o suficiente para transmitir essas imagens ao vivo para o resto do país.

Alerta de tsunami imediato

Concomitante à divulgação das imagens, a Agência Meteorológica do Japão (JMA) emitiu um alerta de tsunami prevendo ondas de até 3 metros para a costa de Aomori e Iwate. As primeiras ondas, variando entre 20 cm e 70 cm, já foram observadas nos portos da região, confirmando o deslocamento de água gerado pelo sismo. O governo instruiu os moradores das áreas baixas de Hachinohe a buscarem refúgio em locais elevados imediatamente, sem aguardar a confirmação visual do mar.

A resposta rápida das autoridades foi facilitada pelos sistemas de detecção que, assim como as câmeras da Aomori Asahi, registraram a anomalia em tempo real. Navios que estavam ancorados no porto de Hachinohe foram vistos manobrando às pressas para águas profundas, tentando evitar os danos das correntes fortes. A escuridão da noite dificulta a avaliação visual completa da chegada das ondas, aumentando o risco para quem permanece na orla.

Por conseguinte, o vídeo se tornou um símbolo da resiliência e da vulnerabilidade da região de Tohoku, que ainda carrega as cicatrizes do desastre de 2011. Embora as construções tenham resistido sem colapso total, o terror psicológico de um tremor nível 6+ é visível na reação instintiva de quem presencia as cenas. A Aomori Asahi continua transmitindo atualizações de emergência, servindo como farol de informação para a comunidade local.

Mobilização e resgate

Equipes de resgate do Corpo de Bombeiros de Hachinohe já estão nas ruas verificando os danos mostrados nas imagens e atendendo chamados de pessoas presas em elevadores ou feridas por escombros. O fornecimento de energia elétrica foi interrompido em várias partes da cidade como medida de segurança automática, deixando bairros inteiros às escuras. O governo central em Tóquio estabeleceu uma força-tarefa para coordenar o envio de ajuda humanitária para a prefeitura de Aomori.

Ainda que o vídeo mostre uma destruição interna considerável, a engenharia antissísmica japonesa parece ter evitado uma catástrofe maior em termos de vidas perdidas até o momento. No entanto, a situação nos abrigos é preocupante devido ao frio intenso do inverno no norte do Japão. Cobertores e aquecedores estão sendo distribuídos para os evacuados que deixaram suas casas apenas com a roupa do corpo.

Finalmente, a repercussão global dessas imagens reforça a necessidade de preparação constante para desastres naturais. O registro da Aomori Asahi não é apenas uma peça jornalística, mas um documento histórico de mais um capítulo na luta do Japão contra as forças tectônicas. A recomendação oficial permanece: não retorne para casa até que o alerta de tsunami seja totalmente cancelado.

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