O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou ter usado um objeto quente para danificar a tornozeleira eletrônica instalada por determinação judicial. A declaração ocorreu durante conversa com aliados, quando relatou ter aplicado calor no equipamento para tentar interferir no funcionamento normal. Segundo Bolsonaro, a atitude foi tomada após desconforto e irritação com o monitoramento constante.
Nos últimos dois dias, a equipe responsável pelo acompanhamento eletrônico registrou interrupções momentâneas nos sinais enviados pelo dispositivo. Os técnicos apontaram que as falhas pareciam provocadas por interferência externa, levantando suspeitas sobre manipulação direta. A confissão pública do ex-presidente confirma que o equipamento sofreu intervenção intencional.
A Polícia Federal informou que está analisando a admissão do ex-presidente, especialmente considerando que a tornozeleira integra medidas cautelares fixadas para assegurar o cumprimento das restrições judiciais. Alterar ou danificar o equipamento pode configurar descumprimento de obrigações, influenciando decisões futuras. Magistrados avaliam se a confissão exige revisão imediata das medidas.
A repercussão da declaração ampliou tensões no cenário político, especialmente por ocorrer em momento sensível para aliados e opositores. Parlamentares críticos ao ex-presidente afirmaram que a atitude demonstra desrespeito deliberado às instituições, reforçando preocupações com reincidência de condutas que desafiem determinações judiciais. Já apoiadores minimizaram o episódio, dizendo que o monitoramento seria excessivo.
Juristas ouvidos por diferentes veículos afirmam que a admissão pode resultar em medidas mais rígidas. Para parte dos especialistas, danificar a tornozeleira equivale a tentar frustrar fiscalização, podendo justificar sanções adicionais. Outros avaliam que a declaração, mesmo grave, ainda precisa ser analisada dentro do conjunto de obrigações impostas ao ex-presidente.
Bolsonaro diz ter agido por irritação momentânea
Segundo aliados presentes no momento da fala, Bolsonaro relatou ter usado “ferro quente” para atingir a tornozeleira após se incomodar com alertas sonoros e vibrações frequentes. Ele teria afirmado que a ação não buscava fuga, mas sim interromper falhas que considerava incômodas. Técnicos contestam essa versão, dizendo que interferências térmicas não corrigem problemas e apenas destroem componentes.
Dados analisados nas últimas 48 horas mostram que o equipamento apresentou picos de instabilidade após as supostas intervenções. A equipe técnica afirmou que os registros foram compatíveis com exposição a altas temperaturas, reforçando que houve manipulação inadequada. A empresa responsável enviou relatório detalhado ao Judiciário para auxiliar na decisão sobre eventual substituição.
Integrantes de órgãos de segurança avaliam que a postura do ex-presidente, somada a episódios recentes, indica ambiente de tensão constante entre lideranças políticas e autoridades judiciais. Para parte desses agentes, atitudes que desafiam normas contribuem para polarização crescente e dificultam aplicação equilibrada de medidas cautelares.
Possível substituição do equipamento é discutida
Diante das falhas recorrentes, técnicos recomendaram realizar inspeção completa na tornozeleira e verificar se a integridade estrutural está comprometida. Caso seja constatado dano irreversível, a substituição pode ocorrer de imediato. A Justiça ainda avalia se a troca será acompanhada de advertência formal ou medidas adicionais.
A confissão sobre danificar a tornozeleira amplia o nível de observação sobre as atividades do ex-presidente. Nas últimas horas, integrantes da equipe de monitoramento reforçaram que qualquer interferência futura será comunicada rapidamente à Justiça. A temperatura do debate público também aumentou, com críticas e defesas se intensificando nas redes sociais.
Caso a Justiça entenda que houve tentativa de frustrar a fiscalização, Bolsonaro pode enfrentar novas medidas restritivas. Entre as possibilidades estão ampliação das condições impostas, advertências formais ou até revisão das medidas já em vigor. A análise deve considerar a confissão, o impacto real no funcionamento do dispositivo e o contexto geral do monitoramento.
Expectativa por nova manifestação judicial
Magistrados devem se pronunciar nas próximas horas sobre o relatório enviado pela equipe técnica. A decisão poderá esclarecer se haverá nova tornozeleira, medidas adicionais ou simples advertência. Enquanto isso, órgãos de segurança reforçam que todas as informações coletadas recentemente estão sendo usadas para garantir execução adequada das determinações vigentes.







