Empresas de tecnologia demitem milhares de funcionários

Amazon anuncia demissão de 14 mil profissionais corporativos em maior corte da história da empresa. Inteligência artificial e busca por eficiência operacional motivam onda de layoffs que já atingiu mais de 98 mil pessoas em 2025.

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Fachada de prédio moderno com o logotipo da Amazon.
Fachada do prédio corporativo da Amazon, uma das empresas afetadas pela nova onda de demissões no setor de tecnologia.

As empresas de tecnologia demitem funcionários em escala sem precedentes desde 2023. Portanto, Amazon anunciou em 28 de outubro corte de 14 mil vagas corporativas em maior layoff da história da companhia. Além disso, número pode chegar a 30 mil demissões conforme evolução do processo de reestruturação. Consequentemente, setor acumula mais de 98 mil demissões realizadas por mais de 200 empresas apenas em 2025 segundo dados do rastreador Layoffs.fyi.

A vice-presidente sênior Beth Galetti comunicou decisão aos colaboradores através de memorando interno. Ademais, executiva destacou necessidade de tornar empresa mais enxuta e menos burocrática. Igualmente, as empresas de tecnologia demitem funcionários para liberar recursos destinados a investimentos em inteligência artificial generativa. Portanto, Amazon possui atualmente 1,55 milhão de colaboradores globalmente sendo 355 mil no setor administrativo e tecnológico.

Inteligência artificial motiva transformação estrutural

Beth Galetti afirmou que IA representa tecnologia mais transformadora desde surgimento da internet. Portanto, permite que empresas inovem muito mais rapidamente em segmentos existentes e emergentes. Além disso, CEO Andy Jassy antecipou em junho através de memorando interno que empresa precisaria de “menos pessoas fazendo alguns trabalhos”. Consequentemente, automação e substituição de funções humanas por sistemas inteligentes aceleram ajustes na força de trabalho.

As empresas de tecnologia demitem funcionários especialmente em setores como atendimento ao cliente, recursos humanos e marketing digital. Ademais, áreas de publicidade e operações também enfrentam cortes significativos na estrutura organizacional. Igualmente, divisões que gerenciam contratações e treinamentos sofrem reduções de até 15% nas equipes. Portanto, funções repetitivas e administrativas são alvos prioritários da automação implementada pelas companhias.

Microsoft e Meta seguem tendência de ajustes corporativos

Microsoft eliminou aproximadamente 15 mil posições durante 2025 focando em trabalhadores considerados de baixo desempenho. Portanto, empresa intensifica uso de IA em produtos como Office e Azure. Além disso, Meta cortou cerca de 600 vagas na divisão de inteligência artificial na última semana de outubro. Consequentemente, CEO Mark Zuckerberg declarou que elevará nível de gestão de desempenho demitindo funcionários mais rapidamente.

As empresas de tecnologia demitem funcionários após contratações excessivas durante pandemia quando demanda por serviços digitais disparou. Ademais, Google eliminou mais de 100 cargos de design na divisão de nuvem durante outubro. Igualmente, Salesforce dispensou 4 mil profissionais de atendimento ao cliente atribuindo cortes à adoção de agentes de IA. Portanto, principais gigantes tecnológicas realizam ajustes similares buscando eficiência operacional através de automação.

Especialistas questionam narrativa focada exclusivamente em IA

Professor Enrico Moretti da Universidade da Califórnia argumenta que grandes empresas estão na linha de frente dos cortes relacionados à IA. Portanto, são simultaneamente produtoras e consumidoras dessa tecnologia transformadora. Além disso, ele reconhece que correção após forte ritmo de contratações durante pandemia também motiva demissões. Consequentemente, múltiplos fatores econômicos e tecnológicos combinam-se explicando onda atual de layoffs.

Martha Gimbel do Budget Lab afirma que padrões observados não diferem significativamente de ciclos econômicos típicos. Ademais, expressão “inteligência artificial” cria percepção distorcida sobre natureza real dos ajustes corporativos. Igualmente, as empresas de tecnologia demitem funcionários seguindo dinâmicas normais de contratação e demissão em momentos específicos de ciclo econômico. Portanto, elevação de taxas de juros pelo Federal Reserve coincidiu temporalmente com boom da IA generativa.

Setores mais vulneráveis concentram maior número de cortes

Atendimento ao cliente lidera lista de áreas mais impactadas pela automação e substituição por sistemas inteligentes. Portanto, chatbots e agentes de IA assumem funções anteriormente desempenhadas por milhares de profissionais. Além disso, marketing digital sofre com ferramentas automatizadas que substituem trabalho manual de campanhas. Consequentemente, desenvolvimento de jogos também registra cortes como na Electronic Arts que demitiu 300 a 400 funcionários.

As empresas de tecnologia demitem funcionários em realidade virtual com Meta eliminando mais de 100 posições na divisão Reality Labs. Ademais, setores tradicionais de suporte e operações enfrentam redução drástica conforme empresas implementam soluções baseadas em machine learning. Igualmente, funções administrativas repetitivas tornam-se alvos naturais de automação através de sistemas que processam dados mais rapidamente. Portanto, perfil de habilidades demandadas pelo mercado transforma-se radicalmente exigindo adaptação dos profissionais.

Números revelam magnitude da transformação em curso

Julho de 2025 foi mês mais devastador com 16.142 demissões seguido por abril com 24.500 cortes. Portanto, mais de 150 mil profissionais foram demitidos em 549 empresas de tecnologia durante ano. Além disso, Intel planeja cortar 21 mil funcionários representando 20% da equipe total da companhia. Consequentemente, magnitude dos ajustes demonstra transformação fundamental e não apenas corte pontual de custos operacionais.

As empresas de tecnologia demitem funcionários em escala que supera momentos críticos anteriores do setor. Ademais, em 2023 foram 264 mil demissões enquanto 2024 registrou 152 mil cortes em várias companhias. Igualmente, 2022 contabilizou 165 mil funcionários desligados durante período de correção pós-pandemia. Portanto, números de 2025 ainda estão abaixo de pico histórico mas preocupam pela continuidade da tendência.

Funcionários demitidos recebem período de transição

Amazon oferece 90 dias para que profissionais impactados busquem novas posições internamente na empresa. Portanto, equipes de recrutamento priorizarão esses candidatos durante processo seletivo para vagas disponíveis. Além disso, funcionários que não conseguirem realocação receberão indenização e acesso a serviços de recolocação. Consequentemente, empresa mantém benefícios de saúde durante período de transição facilitando busca por novas oportunidades.

As empresas de tecnologia demitem funcionários mas algumas mantêm contratações em áreas estratégicas específicas. Ademais, posições relacionadas a desenvolvimento de IA e machine learning continuam sendo preenchidas ativamente. Igualmente, segurança cibernética e infraestrutura de nuvem permanecem como setores com demanda crescente. Portanto, mercado não encolhe uniformemente mas redistribui oportunidades conforme necessidades tecnológicas emergentes.

Empresas menores também realizam ajustes significativos

Chegg reduziu 45% da força de trabalho citando “novas realidades” da inteligência artificial. Portanto, empresa de educação online reconhece impacto direto da tecnologia em modelo de negócios. Além disso, UPS cortou 48 mil empregos desde ano passado relacionando demissões ao uso de machine learning. Consequentemente, até empresas fora do setor tecnológico tradicional sentem efeitos da automação acelerada.

As empresas de tecnologia demitem funcionários em startups e companhias menores como Stripe que eliminou 300 vagas. Ademais, Placer.ai demitiu 150 funcionários enquanto Yotpo cortou 34% da equipe total. Igualmente, Northvolt eliminou 2.800 posições representando 62% da força de trabalho. Portanto, fenômeno não se restringe apenas a gigantes mas afeta todo ecossistema tecnológico independentemente de porte.

Debate sobre futuro do trabalho intensifica-se

Lawrence Schmidt do MIT argumenta que Amazon consegue automatizar funções mais rapidamente devido à escala operacional. Portanto, não é absurdo pensar que empresa queira eliminar certos tipos de cargos passíveis de automação rápida. Além disso, transformação digital acelera-se tornando obsoletas habilidades que eram valorizadas há poucos anos. Consequentemente, profissionais enfrentam necessidade urgente de atualização constante e desenvolvimento de competências complementares à IA.

As empresas de tecnologia demitem funcionários gerando ansiedade entre sobreviventes das ondas anteriores de layoffs. Ademais, questiona-se se 2025 repetirá anos devastadores de 2022 a 2024 quando centenas de milhares perderam empregos. Igualmente, incerteza sobre extensão dos impactos da IA no emprego mantém trabalhadores em estado de alerta. Portanto, adaptabilidade e aprendizado contínuo tornam-se imperativos para profissionais que desejam permanecer relevantes.

Perspectivas divergem sobre durabilidade da tendência

Alguns especialistas argumentam que ajustes atuais representam correção natural após contratações excessivas durante pandemia. Portanto, padrão seguiria lógica típica de ciclos econômicos sem representar ruptura permanente. Além disso, historicamente setor de tecnologia sempre se reinventou criando novas oportunidades após turbulências. Consequentemente, otimistas acreditam que empregos perdidos serão compensados por posições emergentes relacionadas a IA.

As empresas de tecnologia demitem funcionários mas cenário futuro permanece incerto quanto à substituição completa por automação. Ademais, debate intensifica-se sobre equilíbrio entre inovação tecnológica e impacto social no emprego. Igualmente, governos começam a discutir políticas públicas para mitigar efeitos negativos da transição acelerada. Portanto, próximos anos determinarão se IA representa ameaça existencial ou oportunidade de transformação positiva para mercado de trabalho.

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