Cientistas identificaram em julho de dois mil e vinte e cinco o cometa mais antigo Terra já registrado pela astronomia moderna. O objeto recebeu a designação 3I/ATLAS após telescópios do projeto Asteroid Terrestrial-Impact Last Alert System localizarem o corpo celeste em Río Hurtado, no Chile. Posteriormente, análises computacionais revelaram que o visitante interestelar possui entre cinco e sete bilhões de anos, portanto superando em três bilhões de anos a formação do Sistema Solar.
O astrônomo Emerson explicou que esse cometa mais antigo Terra apresenta características únicas porque se formou antes do Sol existir. Além disso, modelos matemáticos indicam probabilidade de dois terços para confirmar essa idade extrema. Consequentemente, o 3I/ATLAS vagou pelo espaço intergaláctico durante bilhões de anos antes de cruzar nossa vizinhança cósmica. Dessa forma, representa oportunidade rara para estudar materiais primordiais de outras regiões da Via Láctea.
Características físicas do visitante interestelar surpreendem pesquisadores
O Telescópio Espacial James Webb identificou composição química atípica no cometa mais antigo Terra durante observações realizadas em agosto. A análise detectou proporção de oito partes de dióxido de carbono para cada parte de água, enquanto outros cometas apresentam razão inversa. Igualmente, a concentração de CO₂ ultrapassa em seis vezes o limite de variação esperado para corpos cometários convencionais.
Medições realizadas pela missão SPHEREx estimam que o núcleo sólido possui entre trezentos e vinte metros até cinco vírgula seis quilômetros de diâmetro. Ademais, o cometa viaja a velocidade superior a duzentos e dez mil quilômetros por hora, portanto estabelecendo novo recorde para visitantes do Sistema Solar. A coma gasosa ao redor do núcleo estende-se por trezentos e quarenta e oito mil quilômetros de raio quando observada em infravermelho próximo.
Trajetória hiperbólica confirma origem em sistema estelar distante
A designação “3I” indica que o cometa mais antigo Terra representa o terceiro objeto interestelar confirmado pela ciência astronômica. Anteriormente, telescópios identificaram apenas o misterioso 1I/’Oumuamua em dois mil e dezessete e o 2I/Borisov em dois mil e dezenove. Entretanto, o 3I/ATLAS oferece vantagem única porque astrônomos o detectaram precocemente em sua jornada pelo Sistema Solar.
A trajetória hiperbólica comprova que o objeto não está preso à gravidade solar, assim seguindo caminho sem retorno após contornar nossa estrela. Por conseguinte, o cometa passa apenas uma vez pela vizinhança terrestre durante toda sua existência. Chris Lintott, astrônomo em Oxford, destacou que o objeto vem de região galáctica nunca observada tão proximamente. Todavia, pesquisadores reconhecem que talvez nunca seja possível identificar exatamente qual sistema estelar originou o visitante cósmico.
Aproximação ao Sol revela atividade cometária intensa
O cometa mais antigo Terra atingiu o periélio em vinte e nove de outubro, quando alcançou o ponto mais próximo do Sol. Durante essa passagem, o objeto manteve-se a aproximadamente um vírgula quatro unidade astronômica da estrela, correspondendo a duzentos e dez milhões de quilômetros. Nesse momento, recebeu quantidade máxima de luz e calor solar, portanto intensificando os processos de sublimação de gelos voláteis em sua superfície.
Observações realizadas pelo satélite TESS revelam que a atividade cometária começou possivelmente em maio de dois mil e vinte e cinco, dois meses antes da descoberta oficial. Além disso, imagens capturadas pelo Telescópio Hubble em julho mostraram cauda fraca e difusa apontando na direção oposta ao Sol. Subsequentemente, o Observatório Gemini Sul produziu imagem profunda revelando jato de gás e poeira em forma de leque direcionado à estrela.
Missões espaciais aproveitam oportunidade única de observação
A sonda ExoMars da Agência Espacial Europeia registrou o cometa mais antigo Terra durante passagem próxima a Marte em outubro. As imagens captadas pelo instrumento CaSSIS mostraram ponto difuso característico de corpo cometário ativo. Igualmente, a missão Mars Express complementou os dados com análises espectrais que confirmaram cor avermelhada da coma, semelhante ao cometa 2I/Borisov observado anteriormente.
Um acontecimento significativo ocorrerá em dezembro quando a sonda Clipper cruzar a cauda do cometa durante sua jornada rumo a Europa, lua de Júpiter. Essa será primeira vez que equipamento científico coletará e analisará material proveniente de cometa interestelar. Consequentemente, os dados obtidos fornecerão informações valiosas sobre composição química de materiais formados em outros sistemas planetários. Posteriormente, em março de dois mil e vinte e seis, o objeto aproximará-se de Júpiter a zero vírgula trinta e seis unidade astronômica.
Rede internacional coordena campanha de observação global
A Rede Internacional de Alerta de Asteroides anunciou exercício especial de treinamento para acompanhar a movimentação do cometa mais antigo Terra. A iniciativa visa aprimorar precisão das medições orbitais utilizando telescópios amadores e profissionais distribuídos globalmente. Ademais, a campanha testa capacidades de rastreamento para objetos rápidos que cruzam o Sistema Solar em velocidades extremas.
O Minor Planet Center coordena esforços para obter astrometria exata do 3I/ATLAS, enfatizando redução de erros de medição abaixo de zero vírgula um segundo de arco. Dessa forma, os resultados alimentam bancos de dados da União Astronômica Internacional para referência futura. Além disso, essa estrutura prepara cientistas para detecções futuras de objetos interestelares, melhorando sistemas de alerta de possíveis impactos terrestres.
Composição química oferece pistas sobre formação galáctica
Análises realizadas pelo James Webb identificaram presença de dióxido de carbono, água, monóxido de carbono, sulfeto de carbonila e gelo de água sendo liberados conforme o cometa mais antigo Terra aquece. Portanto, a variedade de compostos químicos fornece informações sobre condições físicas e químicas presentes durante formação do objeto há bilhões de anos. Consequentemente, cientistas podem comparar esses dados com materiais encontrados no Sistema Solar.
A Agência Espacial Europeia destaca que cometas interestelares são “verdadeiros forasteiros” trazendo pistas sobre formação de mundos muito além do nosso sistema. Igualmente, todos os planetas, luas, asteroides e formas de vida no Sistema Solar compartilham origem comum. Entretanto, visitantes como o 3I/ATLAS carregam materiais primordiais de regiões completamente diferentes da galáxia.
Visibilidade limitada exige equipamentos especializados para observação
Apesar do interesse científico extraordinário, o cometa mais antigo Terra permanece invisível a olho nu devido à grande distância da Terra e seu brilho opaco. Ademais, observadores necessitam telescópios amadores ou binóculos astronômicos para visualizar o objeto mesmo durante períodos de maior aproximação. Além disso, o cometa apresenta magnitude aparente que varia entre onze vírgula cinco e dezessete vírgula cinco dependendo da posição relativa ao Sol.
Durante julho de dois mil e vinte e cinco, o 3I/ATLAS localizava-se na constelação de Sagitário quando foi registrado inicialmente. Posteriormente, entrou em conjunção solar durante o periélio, portanto aparecendo atrás do Sol quando visto da Terra. Consequentemente, o objeto deixou de ser observável temporariamente durante esse período crítico. Todavia, voltará a ser visível no final de novembro ou início de dezembro para telescópios terrestres potentes.
Maior aproximação da Terra ocorrerá em dezembro
O ponto de maior proximidade com nosso planeta está previsto para dezenove de dezembro, quando o cometa mais antigo Terra estará a um vírgula oito unidade astronômica de distância. Essa medida corresponde aproximadamente ao dobro da distância entre a Terra e o Sol, portanto garantindo segurança absoluta para o planeta. Além disso, cálculos da NASA e da Agência Espacial Europeia confirmam ausência total de risco de impacto.
Após realizar curvatura influenciada pela gravidade solar, o 3I/ATLAS seguirá trajetória definitiva para fora do Sistema Solar. Dessa forma, jamais retornará à vizinhança terrestre durante toda sua existência futura. Igualmente, a melhor época para observação científica concentra-se entre final de dois mil e vinte e cinco e início de dois mil e vinte e seis, conforme destacam pesquisadores envolvidos nos estudos.
Legado científico transcende descoberta astronômica
O cometa mais antigo Terra pode oferecer percepções valiosas não apenas sobre origem de objetos interestelares, mas também sobre formação da própria galáxia. Portanto, análises da composição química revelam diferenças e semelhanças com materiais que originaram a Terra e demais planetas do Sistema Solar. Consequentemente, cientistas expandem compreensão sobre processos universais de formação planetária.
Nick Thomas, pesquisador da missão ExoMars, afirmou que observar o 3I/ATLAS representou desafio extremamente complexo. Ademais, o cometa apresenta brilho entre dez mil e cem mil vezes mais fraco que alvos usuais observados pelos instrumentos científicos. Entretanto, a oportunidade única de estudar visitante com sete bilhões de anos justifica todos os esforços empregados pela comunidade astronômica internacional.